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Caiu com o Ombro no Chão? Você Pode ter Sofrido uma Luxação Acromioclavicular

Uma queda aparentemente inofensiva durante um treino, pedalada ou até uma partida de futebol pode esconder algo sério. Se, após o impacto, você sentiu dor no ombro, dificuldade para levantar o braço e percebeu um “carocinho” na ponta da clavícula, é hora de ligar o alerta. Esses sinais podem indicar uma luxação acromioclavicular, uma lesão muito mais comum do que se imagina e frequentemente subestimada pelos pacientes. Ignorar esse problema pode transformar uma lesão simples em uma complicação de longo prazo.


Neste artigo, você vai entender o que é a luxação acromioclavicular, como ela acontece, seus sintomas, opções de tratamento e formas de prevenção.


O que é a Luxação Acromioclavicular?


A articulação acromioclavicular conecta a clavícula ao acrômio, localizado na parte superior do ombro. Ela é responsável por dar estabilidade e permitir o movimento harmonioso dessa região. Quando ocorre um impacto direto, geralmente em quedas sobre o ombro ou com o braço esticado os ligamentos que estabilizam a articulação podem se romper. Como resultado, a clavícula se projeta para cima, formando uma saliência visível que muitos confundem com um simples inchaço.


Por Que Essa Lesão é Mais Comum do que Parece


Quedas e impactos são frequentes em diversos cenários do dia a dia e no esporte. Situações que podem causar a luxação acromioclavicular incluem:


  • Acidentes durante treinos de CrossFit ou musculação;

  • Quedas de bicicleta ou skate;

  • Lesões em esportes de contato, como futebol e artes marciais;

  • Acidentes domésticos com apoio inadequado no braço.


O problema está em acreditar que se trata apenas de uma pancada. Muitas pessoas continuam suas atividades sem buscar avaliação médica, retardando o diagnóstico e comprometendo a recuperação.


Neste artigo, você vai entender o que é a luxação acromioclavicular, como ela acontece, seus sintomas, opções de tratamento e formas de prevenção.

Sintomas da Luxação Acromioclavicular


Os sinais mais característicos incluem:


  • Dor intensa no ombro, especialmente ao tentar levantar o braço;

  • Saliência visível (“caroço”) na ponta da clavícula;

  • Inchaço e sensibilidade local;

  • Perda de força para atividades simples, como segurar objetos;

  • Em casos graves, alteração estética evidente e dificuldade de movimento.


O diagnóstico precoce é essencial para diferenciar a luxação de outras lesões, como fraturas ou rupturas ligamentares mais complexas.


Classificação da Luxação


A luxação acromioclavicular pode ser classificada em diferentes graus, dependendo da extensão da lesão nos ligamentos:


  • Grau I: apenas distensão ligamentar, sem alteração visível;

  • Grau II: ruptura parcial dos ligamentos, com discreta elevação da clavícula;

  • Grau III: ruptura completa, com deslocamento evidente da clavícula;

  • Graus IV a VI: casos raros e mais graves, com deslocamentos complexos que quase sempre exigem cirurgia.


Essa classificação orienta o tipo de tratamento mais indicado para cada paciente.


Tratamento: Conservador ou Cirúrgico?


O tratamento depende da gravidade da lesão, nível de atividade física e expectativa estética do paciente.

  • Casos leves (graus I e II):

    • Imobilização temporária com tipoia;

    • Uso de gelo e medicação anti-inflamatória;

    • Reabilitação com fisioterapia para recuperar força e mobilidade.

  • Casos moderados a graves (grau III em diante):

    • Se houver perda funcional significativa ou incômodo estético, pode ser indicada cirurgia para reconstrução ligamentar;

    • A cirurgia reposiciona a clavícula e restabelece a estabilidade da articulação;

    • Após o procedimento, o paciente passa por fisioterapia para retorno gradual às atividades.


O ponto crucial é: quanto antes for diagnosticado, mais rápido será o tratamento e menores os riscos de complicações.


O Risco de Ignorar os Sintomas


Adiar a busca por atendimento pode trazer consequências sérias:


  • Instabilidade crônica no ombro;

  • Perda de força em atividades esportivas ou do dia a dia;

  • Dor persistente em longo prazo;

  • Alterações estéticas permanentes;

  • Necessidade de cirurgias mais complexas no futuro.


Por isso, qualquer sinal de saliência ou dor após queda deve ser avaliado imediatamente por um ortopedista especialista em ombro.


Prevenção: Como Evitar Novas Lesões

Embora nem sempre seja possível evitar quedas, algumas medidas reduzem o risco e protegem a articulação acromioclavicular:


  • Aquecimento e fortalecimento dos músculos estabilizadores do ombro;

  • Uso de equipamentos de proteção em esportes de impacto, como capacetes e cotoveleiras;

  • Respeitar limites de carga durante treinos;

  • Corrigir postura e técnica em exercícios acima da cabeça;

  • Trabalhar mobilidade e flexibilidade da região.


Esses cuidados aumentam a segurança e diminuem a chance de novas luxações.


A luxação acromioclavicular é mais comum do que parece e pode surgir após quedas simples, mas que provocam dor persistente e aquela saliência característica na ponta da clavícula. O diagnóstico precoce é fundamental: ele define se o tratamento será conservador ou cirúrgico e garante melhores resultados.


Ignorar a dor ou o “carocinho” no ombro é um erro que pode custar meses de limitação. Se você caiu, sente dor e notou alteração no ombro, não adie a avaliação médica. O tratamento certo, no tempo certo, é a diferença entre voltar rapidamente às suas atividades ou conviver com restrições no futuro.


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