Fratura de Diáfise de Úmero: O Que Esperar no Pré e Pós-Operatório
- Dr. Leonardo Moraes

- 23 de abr.
- 3 min de leitura
A fratura de diáfise de úmero é uma lesão ortopédica relativamente comum que pode ocorrer por traumas diretos ou indiretos no braço. Essas fraturas, dependendo do tipo e gravidade, podem ser tratadas de forma conservadora ou cirúrgica. Neste artigo, vamos abordar o que é a fratura de diáfise de úmero, o que esperar no período pré-operatório e como é o processo de recuperação no pós-operatório.
O Que é a Fratura de Diáfise de Úmero?
A diáfise do úmero é a parte longa e central do osso do braço (úmero). Fraturas nessa região representam cerca de 3% das fraturas em adultos e podem ser causadas por diferentes mecanismos:
Trauma direto – Quedas, acidentes de carro, ou pancadas diretas.
Trauma indireto – Torções ou forças excessivas durante atividades físicas.
Patologias subjacentes – Osteoporose, tumores ósseos ou lesões metastáticas que enfraquecem o osso.
Classificação das Fraturas de Diáfise de Úmero
As fraturas de diáfise de úmero podem ser classificadas com base em diferentes critérios:
Completas ou incompletas – Fratura que compromete toda a espessura do osso ou apenas uma parte.
Cominutivas – Quando o osso é fragmentado em várias partes
Espiral, transversa ou oblíqua – Com base na direção da linha de fratura.
Expostas ou fechadas – Quando há ou não rompimento da pele.


Pré-Operatório de Fratura de Diáfise de Úmero
O período pré-operatório é uma etapa crucial para o sucesso da cirurgia e a recuperação do paciente.
Avaliação Clínica Completa
Antes da cirurgia, o paciente passará por uma avaliação detalhada que inclui:
Histórico médico – Para identificar condições que podem influenciar na cirurgia (como diabetes, hipertensão, osteoporose, etc.).
Exames físicos – Para avaliar o grau de mobilidade, dor e presença de lesões associadas (como lesão do nervo radial).
Exames de imagem – Radiografias, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) para determinar o padrão da fratura e o planejamento cirúrgico.
Pós-Operatório de Fratura de Diáfise de Úmero
O período pós-operatório é essencial para garantir a consolidação óssea adequada e restaurar a função do braço.
1. Fase Imediata (Primeiras 24 a 72 horas)
Após a cirurgia, o paciente será monitorado em relação a:
Dor – Controlada com analgésicos (anti-inflamatórios, opioides, etc.).
Edema – Controle por meio de elevação do membro e compressas frias.
Mobilização precoce – Movimento passivo ou ativo do cotovelo e mão para evitar rigidez articular.
Complicações – Monitoramento de sinais de infecção, sangramento ou lesões nervosas.

2. Fase de Consolidação (2 a 6 semanas)
Imobilização – Uso de tipoia ou órtese para evitar sobrecarga na fratura.
Fisioterapia inicial – Mobilização passiva e exercícios isométricos para manter a força muscular.
Monitoramento por exames de imagem – Para avaliar o alinhamento e a consolidação óssea.
3. Fase de Recuperação Funcional (6 a 12 semanas)
Reabilitação ativa – Exercícios para ganho de força e amplitude de movimento.
Reforço muscular – Foco na musculatura do ombro, cotovelo e antebraço.
Evitar cargas excessivas – Atividades que envolvam levantamento de peso devem ser evitadas até autorização médica.
3. Fase de Recuperação Funcional (6 a 12 semanas)
Reabilitação ativa – Exercícios para ganho de força e amplitude de movimento.
Reforço muscular – Foco na musculatura do ombro, cotovelo e antebraço.
Evitar cargas excessivas – Atividades que envolvam levantamento de peso devem ser evitadas até autorização médica.
A fratura de diáfise de úmero é uma lesão que pode ser tratada de forma eficaz com planejamento cirúrgico adequado e um protocolo de reabilitação bem estruturado. O sucesso do tratamento depende de um diagnóstico preciso, manejo adequado no período pré-operatório e uma abordagem cuidadosa no pós-operatório. A fisioterapia desempenha um papel essencial na recuperação funcional, permitindo ao paciente retornar às suas atividades diárias com segurança e confiança.

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